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O Sermão do Meu Foco

Que a sorte esteja sempre a vosso favor.

São as mais vastas maneiras que o ser humano possui para elogiar o seu próximo, mas será que todas as palavras que pronunciamos em relação a alguém têm que ser de puro caráter positivo? ou por vezes temos que sair daquilo a que chamamos "rotina"

e dizer as coisas pelo seu real, sem filtros? Existem pessoas que são diretas, que dizem as coisas como têm que ser ditas, para não criar ilusões ao próximo, e existem as pessoas que não tocam muito nas componentes más de cada um, utilizando o método de enaltecimento para fortalecer as pessoas e tentar com que elas se esforcem para conquistar os seus objetivos, mas qual destas será a que está mais correta?

O leque de pessoas para escolha que tinha em mente para este sermão era vasto, tão vasto que nem sabia quem ia escolher para ser o feliz contemplado e merecedor para estar aqui a ser o foco das minhas palavras.

Criticar alguém não necessita de ser obrigatoriamente negativo e por esse mesmo motivo estarei hoje, aqui a reconhecer as virtudes e repreender os vícios do Miguel e dos “Migueis” que por esta terra estão espalhados, de forma semelhante ao Padre António Vieira, com a diferença de que eu não irei chamar nenhum grande auditório, nem me irei deslocar-me até ao mar para pregar aos peixes. Hoje pregarei aos que me querem ouvir e compreender. Não pretendo adquirir um grande auditório, pretendo expor a realidade da sua forma mais nua e crua. E quem não pretende ouvir a minha realidade pode parar de ouvir as minhas palavras neste instante e focar-se noutra atividade humana, sem qualquer interesse.

Que comecem os jogos…

Ao longo da minha experiência como caminhante da vida, já me deparei e lidei com as mais diversas pessoas, todas elas com o seu toque especial, mas lidar com alguém com as mesmas características que o Miguel, foi de facto uma nova experiência para mim e com certeza para qualquer outro elemento aqui presente. E com o que disse anteriormente não pretendo dizer que o Miguel não merece essa atenção, mas sim o contrario, todos nós devemos pelo menos uma vez na vida conhecer algum “Miguel” para observarmos que aquelas vestes pretas e o seu comportamento, não transmitem aquilo que pensávamos que transmitiam.

O ser humano tem uma grande alegria e prazer ao ser reconhecido e isso não nos torna egoístas, mas sim confiantes de que a nossa pegada pela terra, está a ser reconhecida. O elogio é o ato ou efeito de expressar-se positivamente sobre alguém, então vamos ser se consigo fazer para o Miguel.

Posso começar por descrever o Miguel apenas numa palavra e essa é “inexplorado”, porquê perguntam vocês, e eu digo porquê, porque todos os dias com o Miguel é um dia de aventura e descobrimento, pois ele consegue nos proporcionar uma alegria ou uma gargalhada que nós não sabíamos que possuímos e isso apenas com algumas das suas piadas e o seu senso de humor.

O Miguel demonstra ser uma pessoa forte, não só em termos físicos, mas em termos psicológicos também. Ele dá a entender, que é um adolescente que luta contra algo, que já passou por alguns problemas, e nota-se que ele tenta lutar contra isso da sua própria maneira. Ele não gosta de expor as suas preocupações aos outros e por isso escreve-as com um papel e uma caneta num caderno que transporta os seus pensamentos mais obscuros. E o facto de conseguir dar tanta emoção aos seus poemas e textos que escreve para tentar de alguma forma apaziguar aquilo que sente, transforma-o num grande escritor.

Durante o tempo que tive para conhecer a sua forma de vida, observei que o Miguel não é uma pessoa influenciável, e tem atitude e determinação, o que lhe permite chegar sempre a algum ponto que ele queira.

Passando para outro assunto, irei apresentar as repreensões ou as criticas negativas, que ao contrario do elogio, levam o ser humano a por vezes sentir-se triste consigo próprio, por ter sido criticado e por vezes gera a revolta. A repreensão de alguém pode ser levada a mal ou a bem, mas isso depende do intuito com que se está a repreender alguém, se for para rebaixar alguém, esse alguém irá levar a mal, mas se repreender alguém para chamar à atenção de que fez algo incorreto podemos dizer que isso é uma crítica construtiva, o que é levada a bem (por algumas pessoas, porque nem todas gostam de ouvir sugestões de melhoramento).

Neste momento em que já vai fazer dois anos que conheço o Miguel, já conheci maioria das suas facetas, boas e más, como as que citarei a seguir. A primeira coisa que me lembro de repreensível do Miguel é o seu mau perder. Em qualquer jogo de equipa uma coisa é certa, uma ganha e uma perde, mas qual é o grande problema em ser a equipa que se perde? Nenhum, pois um jogo tem que ser jogado por divertimento e não porque preciso ganhar para ser o melhor naquela área.

Prosseguindo para outro ponto negativo que encontrei no Miguel, é a sua hiperbolização nos sentimentos. Os seus poemas são bonitos, sentimentalistas e agradáveis de ouvir… até um determinado ponto, porque depois com o tempo quem os ouve está sempre a ouvir falar sobre o mesmo sentimento sempre com o mesmo grau elevado de hiperbolização, e acho que devia continuar a escrever sobre os seus temas, mas de vez em quando faz bem diminuir os sentimentos e escrever sobre o cão ou o gato, porque os seus poemas são bonitos só que são um pouco quanto repetitivos.

Continuando, como disse anteriormente ao elogiar as suas virtudes o Miguel, ele é muito engraçado com o seu cómico de caráter, linguagem e situação, mas acho que a demasia nesses três cómicos leva o Miguel a tornar-se um pouco cansativo. As suas piadas têm imensa piada e fazem-nos rir, mas… não são todas.

Avanço agora com o último ponto negativo que é o incómodo nas aulas, eu não sei se é um vicio, se é um tique ou se é outra coisa qualquer que desconheço, mas que é irritante e perturbador o facto de ser oito e meia da manhã eu estar “morto” por estar numa cadeira enquanto podia estar numa cama, e ter o Miguel a batucar com as canecas na mesa, é. Eu não sei se ele sabe, mas aquilo são canetas a bater numa mesa às oito e meia da manhã, não uma bateria num festival, porque a única coisa que ele está a bater é no meu cérebro. Já me passou ali de relance a ideia de pegar na cadeira a fazê-la voar? Já. Já me passou pela cabeça levantar e jogar as canetas fora? Já, mas o que me impede de fazer isso é a minha preguiça, por ser e repito, oito e meia da manhã.

Durante estes minutos puderam ouvir e conhecer mais daquilo que penso, em relação ao Miguel e aos seus vícios e virtudes, não retiro nem irei retirar nada do que disse até então, mas lembrem-se que eu sou responsável pelo digo e não pelo que vocês entendem.


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