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O Grande Júlio


Duas horas já se passavam desde a última vez que vimos um pedaço de terra, apesar de estar confiante de que estávamos perto, o mesmo não podia dizer da Constança, que por algum motivo não parava de olhar o mapa e usar aqueles instrumentos todos, que nem sei para que servem, mas o que posso eu dizer! Nada, nada mesmo, é a Constança, se ela não estivesse a fazer aquilo é que me admirava. Já no outro lado do barco estava a miss relaxamento, cantava, dançava e curtia ali o som dos BTS no seu Iphone, o que mais eu posso dizer sobre o comportamento da Luana nesta viagem? A única coisa que posso dizer é que ela está embarcada nesta viagem com toda a sua Fashion, mas vamos deixa-la um pouco.Uh, uh, uh, foi mal sair de ao pé da Luana para ver aquelas poucas vergonhas na proa do navio, só tenho tempo de gritar bem alto “OIIII, Isto é um navio de respeito meus amores, mas estão a pensar que isto é casa da Maria Joana”, após dar o recado, vejo que o Tiago se recompõe e puxa a Teresa para dentro da camarata. “Ve-lá se não lhe partes o braço óh miss gentileza” falo para o Tiago enquanto me dirijo até ao leme. Chego ao leme e vejo a Maria muito interessada no que esta a fazer e pergunto logo “Estas muito concentrada, por acaso não estas a tentar a arranjar uma maneira de nos afundar a todos, pois não? Olha! Olha! Maria Albina Patrina Pereira da Saúde tu sabes, melhor que ninguém que não sei nadar e não trouxe as minhas braçadeiras da patrulha pata”. Ela ri-se e continua nos seus pensamentos obscuros, enquanto isso dirijo-me até a parte de baixo, em busca daquela, aquela que me tira o sono. Chego lá a baixo e vejo ela a fazer as camas dos tripulantes e chego até ela cantando “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça é ela a Daniella que vem e que passa”, no mesmo instante vejo ela ter uma pequena recaída, “Miga eu sei que canto mal, mas dai a desmaiares ainda vai uma grande distancia” digo enquando lhe atiro com um balde de agua que encontro pelo camarote “Acoorrrddaaa” digo enquanto tento reanimar, quando ela fica bem, saio e só lhe digo uma frase “Tuuu, nunca mais me peças para ser o teu torrão de açúcar que isto diluiu-se tudo na desilusão que me acabaste de dar” Saio sem falar mais nada, limpando também a minha lágrima de quanto de olho. Volto para cima e chego até à estrela desta história, passo pela Constança, e chego até a Luana, que agora por algum motivo está com bigode “Hormonas?” pergunto, “Não, chama-se moda Hitler, devias experimentar”, ela diz, olho para o lado e quando me viro novamente para ela, a Luana simplesmente fica com um fetiche no meu bigode novo. Finalmente chegamos a terra firme e sabem qual foi o nosso destino? Júlio de Matos que abriu só para nós.


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